Seja em salas de cinema ou na internet, quando procuramos por um bom filme,
animação, série ou HQ geralmente temos como referência projetos
internacionais. Muitas pessoas se referem a dramaturgia nacional como ruim, sem
graça e cheia de "defeitos especiais". É fato que a indústria cultural
brasileira não está plenamente desenvolvida, mas por outro lado existe um
grande número de produtores, escritores e entusiastas que permanecem no
anonimato por falta de apoio financeiro para por suas ideias em prática e, para nossa alegria, este cenário está mudando.
Navegando
pela rede é possível encontrar blogs, agregadores e sites que estão abrindo
espaço para divulgação de contos dos mais diversos temas escritos por
profissionais e amadores. No ano passado portal de notícias IG selecionou cinco
autores de HQ nacionais e divulgou suas obras. Também podemos destacar a
brilhante ideia que o Minilua teve de divulgar contos escritos por seus leitores.
Outro
site interessante é a Plataforma de Financiamento Colaborativo
Catarse, por onde é possível financiar os mais diversos
projetos, sejam eles socioculturais, ambientais, audiovisuais ou artísticos. Atualmente (entenda-se agora) está ocorrendo o Festival do Minuto
onde produtores do Brasil inteiro participam com suas micrometragens.
Não
podemos esquecer também dos incentivos governamentais (em especial Ministério
da Cultura) que por mais controversos que possam ser, estão ajudando muito os trabalhos
nacionais.
Finalmente,
no que diz respeito ao cinema, estamos começando a abandonar os clichês como
carnaval e violência urbana. Não que Tropa de
Elite, Carandiru e Cidade de Deus sejam ruins. São ótimos, mas os produtores não podem
ficar restritos apenas a esta temática. Há outras coisas que se abordar. Filmes
como Paraísos Artificiais, Se Eu Fosse Você, O Palhaço e Xingu, não seguem essa
linha clichê.
Cena do filme Paraísos Artificiais
Ademais,
somos muito elogiados pelas produções com maior carga cultural e humanista,
mais reflexiva, voltada a arte e não ao capital, diferente de muitas produções
hollywoodianas que não passam de conceitos pré-fabricados e ficam longe da
proposta de cinema como veículo cultural e artístico. Há que diga que isto é
reflexo do baixo orçamento que exige criatividade e inovação dos produtores,
porém isso não tira a excelência de muitos projetos nacionais.
Podemos concluir
que não só o cinema, mas nossa indústria cultural está crescendo e se
popularizando. Aos poucos os brasileiros estão começando a se dar conta de
nosso potencial artístico.
Por
fim, recomendo a vocês que fiquem atentos a mais nova animação brasileira: “Uma
História de Amor e Fúria”. Parte da trama se passa em um Brasil futuro, no ano de 2096 onde
a água é controlada por uma empresa bilionária chamada Aquabrás e o presidente
do país é um pas... Bem... Se estiverem interessados vejam o post anterior.
Agradeço
a todos pela visita. Deixem seus comentários e juntem-se a nós no Facebook.
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